Autor: Jailson Mendes
Hoje a Capoeira é reconhecida pela UNESCO como patrimônio imaterial da humanidade, mas até chegar a esse reconhecimento a capoeira teve uma longa trajetoria cheia de lutas e conquistas. Nascida ainda no período do Brasil Colonial, a partir dos africanos que vieram "arrastados" da África sob a condição de escravos. Contudo os africanos não se submeteram passivamente a esse sistema escravista empregado pelo homem europeu, assim desde o início da escravidão dos africanos, estes lutavam contra o sistema, resistindo a escravidão sob várias formas como as fugas para os quilombos (o mais famoso dos quilombos foi o Quilombo de Palmares liderado Gangazumba e posteriormente por Zumbi), rebeliões e até mesmo o suicídio era tida como uma forma de resistência, afinal em muitos casos era preferível morrer a viver como escravo, além de que o escravo morto traria prejuízo ao proprietário.
Tradicionalmente a origem da capoeira se deu nas senzalas e desenvolveu-se nos quilombos, uma vez que os escravos não tinham armas, a luta corpo a corpo se viu necessária como forma de resistência. É importante ser destacado aqui que embora a capoeira possa ter surgido sob essas condições foi apenas no século XIX que a capoeira se destacou no meio urbano em cidades como Recife, Salvador, Belém e Rio de Janeiro, assim por ser praticada por escravos e negros libertos a prática era mal vista pela população branca que a via como vadiagem, sendo perseguida desde 1840, no período regencial. Durante o século XIX muitos capoeiristas trabalhavam para líderes políticos, pagos muitas vezes para acabarem com políticos rivais.
Como era tida como uma prática de vadios e vagabundos a capoeira acabou entrando para o código penal brasileiro, isso ocorreu em 1891 logo no início do período republicano, o artigo 402 do código penal era claro proibindo a prática da capoeira que ocorria nas ruas, nessa época muitos capoeiras foram presos e levados para Fernando de Noronha, a perseguição foi tanta que em cidades como o Recife e o Rio de Janeiro a capoeira foi praticamente extinta, resistindo basicamente em Salvador na Bahia.
No início do século XX com a capoeira na ilegalidade muitos capoeiras a praticavam as escondidas, se tornando comum o praticante se utilizar de um nome falso (hoje muitos capoeiras ainda mantém essa prática, mas não com a mesma finalidade, o nome hoje é como uma marca do praticante, sendo este mais conhecido pelo seu nome de Capoeira do que mesmo pelo seu nome real), o nome falso ou apelido veio para se proteger caso algum outro capoeira fosse pego pela polícia, assim não sabendo o nome real, o prisioneiro não tinha como entregar o colega. Um dos capoeiras dessa época que virou praticamente uma lenda na capoeira foi Besouro de Mangangá, seu nome era Manuel Herinque Pereira, nascido e santo amaro na Bahia, foi morto em 1924 aos 29 anos, conta-se que ele tinha o corpo fechado e por causar muitas desavenças foi morto em uma emboscada.
Em 1932 surge uma ramificação da capoeira primitiva, esse novo estilo foi criado por Mestre Bimba (Manuel dos Reis Machado 1900-1974) ficando conhecida no início como Luta Regional Baiana, tendo em vista que na época a capoeira ainda era proibida. Em 1953 Mestre Bimba faz uma apresentação para o então presidente Getúlio Vargas que se encanta com ela e retira a capoeira do código penal brasileiro e a colocando como esporte nacional, passando desde então a ser praticada em todo o território nacional.
Em 2008 a capoeira foi tombada pelo IPHAN (instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) ganhando assim mais respeito a nível nacional e finalmente no dia 26 de novembro de 2014 a capoeira passa a ser reconhecida como Patrimônio cultural da Humanidade pela UNESCO, hoje a capoeira é praticada em mais de 160 países, espalhando a língua portuguesa ao redor do globo uma vez que as músicas são cantadas em português assim facilita a interação entre todos os capoeiristas, além de promover parte do turismo já que muitos capoeiras estrangeiros vem para o Brasil a fim de conhecer melhor os locais de origem dos grandes mestres.
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Tradicionalmente a origem da capoeira se deu nas senzalas e desenvolveu-se nos quilombos, uma vez que os escravos não tinham armas, a luta corpo a corpo se viu necessária como forma de resistência. É importante ser destacado aqui que embora a capoeira possa ter surgido sob essas condições foi apenas no século XIX que a capoeira se destacou no meio urbano em cidades como Recife, Salvador, Belém e Rio de Janeiro, assim por ser praticada por escravos e negros libertos a prática era mal vista pela população branca que a via como vadiagem, sendo perseguida desde 1840, no período regencial. Durante o século XIX muitos capoeiristas trabalhavam para líderes políticos, pagos muitas vezes para acabarem com políticos rivais.
Como era tida como uma prática de vadios e vagabundos a capoeira acabou entrando para o código penal brasileiro, isso ocorreu em 1891 logo no início do período republicano, o artigo 402 do código penal era claro proibindo a prática da capoeira que ocorria nas ruas, nessa época muitos capoeiras foram presos e levados para Fernando de Noronha, a perseguição foi tanta que em cidades como o Recife e o Rio de Janeiro a capoeira foi praticamente extinta, resistindo basicamente em Salvador na Bahia.
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Em 1932 surge uma ramificação da capoeira primitiva, esse novo estilo foi criado por Mestre Bimba (Manuel dos Reis Machado 1900-1974) ficando conhecida no início como Luta Regional Baiana, tendo em vista que na época a capoeira ainda era proibida. Em 1953 Mestre Bimba faz uma apresentação para o então presidente Getúlio Vargas que se encanta com ela e retira a capoeira do código penal brasileiro e a colocando como esporte nacional, passando desde então a ser praticada em todo o território nacional.
Em 2008 a capoeira foi tombada pelo IPHAN (instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) ganhando assim mais respeito a nível nacional e finalmente no dia 26 de novembro de 2014 a capoeira passa a ser reconhecida como Patrimônio cultural da Humanidade pela UNESCO, hoje a capoeira é praticada em mais de 160 países, espalhando a língua portuguesa ao redor do globo uma vez que as músicas são cantadas em português assim facilita a interação entre todos os capoeiristas, além de promover parte do turismo já que muitos capoeiras estrangeiros vem para o Brasil a fim de conhecer melhor os locais de origem dos grandes mestres.