segunda-feira, 22 de junho de 2020

O Isolamento na Idade Média

       
Autor: Jailson Mendes

         O ano de 2020 não começou nada bem, tudo por causa de uma terrível pandemia que está matando milhares de pessoas ao redor do mundo, ela começou na China no final de 2019 e em poucos meses se espalhou por todo o globo, como ainda não se tem uma cura ou medicamento realmente eficaz os diversos órgãos de saúde aconselham o isolamento social, com um distanciamento de um metro e meio no mínimo entre os indivíduos, mas essas leis são mais difíceis do que parece de serem seguidas, é algo terrível ficar longe dos parentes e amigos das rodas de conversas dos encontros sociais, outras medidas também são tomadas como o uso de máscaras e a higienização constante das mãos com água e sabão e álcool gel, estamos vivendo uma era apocalíptica será o fim de um ciclo para iniciarmos um novo, com uma nova forma de enxergarmos o mundo.
      Mas como a história bem nos conta essa não é a primeira e também muito possivelmente não será a última pandemia, a humanidade já passou por momentos sombrios em seu passado, como a gripe espanhola de 1918 que vitimou milhares de pessoas em todo o mundo, a gripe asiática em 1959, a gripe aviária em 2004, o h1n1 em 2009, a gripe suína em 2011 e agora o temido covid-19, mas voltaremos mais ao passado em um tempo de grandes mudanças onde tudo mudou radicalmente por causa de uma doença mortal, a peste negra.
      No século XIV a Europa estava em pleno desenvolvimento, com cidades em crescimento após séculos de vida puramente no campo, nessa época no entanto as cidades começavam a se empilhar de gente, os campos já não tinham como suportar tantos servos e muito senhores feudais liberavam os camponeses das amarras da terra, muitos iam buscar a vida nas cidades e outros tornavam-se ladrões e passavam a viver nas florestas atacando viajantes descuidados, os anos fracos de inverno também ajudaram bastante para a migração do campo.
          Mas essa peste não surgiu na Europa, ela começou na Ásia se estendendo da China ao continente europeu, na época o império mongol se estendia por toda a Ásia e foi ele quem abriu os caminhos para o comércio entre os dois continentes criando verdadeiras rotas comerciais e trazendo além das mercadorias a terrível doença. Além das rotas atracavam no litoral da Itália diversos navios mercantis carregados de mercadorias e ratos.
       O rato em si não era o transmissor da peste, ele era o hospedeiro, a mula que carregava o transmissor, eram as pulgas que transmitiam a doença, mas na idade média ratos se encontravam em toda parte desde as aldeias às cidades, não havia o menor cuidado com a higiene pessoal, as cidades eram grandes chiqueiros e esse foi o ambiente perfeito para a proliferação dos ratos e consequentemente das pulgas.
Os primeiros casos surgiram em 1347 na Itália e em pouco tempo milhares de pessoas já estavam infectadas, o caos se espalhou pela Europa, o homem medieval atribuía a causa da peste a ira divina, Deus estava punindo aquela sociedade pecadora, era o início do Apocalipse com a peste infectando milhares, a fome que surgiu devido as péssimas colheitas por causa dos fracos anos de inverno, a guerra entre os reinos da Inglaterra e da França, a famosa guerra dos cem anos, e a morte que era o desfecho final de milhares de pessoas vitimadas pela guerra, pela fome e pela peste.
       Em apenas cinco anos essa doença havia matado entre 40 e 50 porcento da população europeia, as cidades ficaram praticamente desertas, muitos nobres se refugiaram em suas propriedades rurais enquanto os camponeses morriam os milhares, o rei da Inglaterra Eduard III é um exemplo, ele se trancou em sua propriedade enquanto a peste matava boa parte dos ingleses.
       A medicina medieval por ser ainda muito primitiva não encontrou um remédio realmente eficaz, um dos métodos utilizados foi o uso das sanguessugas, pensava-se que elas iriam reestabelecer o fluxo sanguíneo do paciente, mas esse método de nada adiantou e as vítimas continuaram a aumentar.
            O único método que foi realmente eficaz foi o isolamento social, o campo se tornou o abrigo de muitos europeus e a Europa teve mais uma ruralização, como não tinha mais a quem matar a doença diminuiu exponencialmente, e aos poucos a vida voltou a normalidade.


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          Hoje estamos passando por momentos difíceis, e embora nossa medicina ande a passos largos a procura de uma cura ou remédio realmente eficaz contra a covid-19, temos que nos refugiar contra esse mal que afeta principalmente os mais velhos, o isolamento social se faz necessário mais uma vez, ao cumpri-lo estaremos salvando a nossa vida e a dos outros, e ao sair usar sempre máscara e evitar aglomerações, e só reforçando se poder fique em casa.