Autor: Jailson Mendes
O ano de 2020 não começou nada bem, tudo por causa de uma terrível pandemia que está matando milhares de pessoas ao redor do mundo, ela começou na China no final de 2019 e em poucos meses se espalhou por todo o globo, como ainda não se tem uma cura ou medicamento realmente eficaz os diversos órgãos de saúde aconselham o isolamento social, com um distanciamento de um metro e meio no mínimo entre os indivíduos, mas essas leis são mais difíceis do que parece de serem seguidas, é algo terrível ficar longe dos parentes e amigos das rodas de conversas dos encontros sociais, outras medidas também são tomadas como o uso de máscaras e a higienização constante das mãos com água e sabão e álcool gel, estamos vivendo uma era apocalíptica será o fim de um ciclo para iniciarmos um novo, com uma nova forma de enxergarmos o mundo.
Mas como a história bem nos conta essa não é a primeira e
também muito possivelmente não será a última pandemia, a humanidade já passou
por momentos sombrios em seu passado, como a gripe espanhola de 1918 que
vitimou milhares de pessoas em todo o mundo, a gripe asiática em 1959, a gripe
aviária em 2004, o h1n1 em 2009, a gripe suína em 2011 e agora o temido
covid-19, mas voltaremos mais ao passado em um tempo de grandes mudanças onde
tudo mudou radicalmente por causa de uma doença mortal, a peste negra.
No século XIV a Europa estava em pleno desenvolvimento, com cidades em crescimento após séculos de vida puramente no campo, nessa época
no entanto as cidades começavam a se empilhar de gente, os campos já não tinham
como suportar tantos servos e muito senhores feudais liberavam os camponeses
das amarras da terra, muitos iam buscar a vida nas cidades e outros tornavam-se
ladrões e passavam a viver nas florestas atacando viajantes descuidados, os
anos fracos de inverno também ajudaram bastante para a migração do campo.
Mas essa peste não surgiu na Europa, ela começou na Ásia se
estendendo da China ao continente europeu, na época o império mongol se
estendia por toda a Ásia e foi ele quem abriu os caminhos para o comércio entre
os dois continentes criando verdadeiras rotas comerciais e trazendo além das
mercadorias a terrível doença. Além das rotas atracavam no litoral da Itália
diversos navios mercantis carregados de mercadorias e ratos.
O rato em si não era o transmissor da peste, ele era o
hospedeiro, a mula que carregava o transmissor, eram as pulgas que transmitiam
a doença, mas na idade média ratos se encontravam em toda parte desde as
aldeias às cidades, não havia o menor cuidado com a higiene pessoal, as cidades
eram grandes chiqueiros e esse foi o ambiente perfeito para a proliferação dos
ratos e consequentemente das pulgas.
Os primeiros casos surgiram em 1347 na Itália e em pouco
tempo milhares de pessoas já estavam infectadas, o caos se espalhou pela Europa,
o homem medieval atribuía a causa da peste a ira divina, Deus estava punindo
aquela sociedade pecadora, era o início do Apocalipse com a peste infectando
milhares, a fome que surgiu devido as péssimas colheitas por causa dos fracos
anos de inverno, a guerra entre os reinos da Inglaterra e da França, a famosa
guerra dos cem anos, e a morte que era o desfecho final de milhares de pessoas vitimadas
pela guerra, pela fome e pela peste.
Em apenas cinco anos essa doença havia matado entre 40 e 50
porcento da população europeia, as cidades ficaram praticamente desertas, muitos
nobres se refugiaram em suas propriedades rurais enquanto os camponeses morriam
os milhares, o rei da Inglaterra Eduard III é um exemplo, ele se trancou em sua
propriedade enquanto a peste matava boa parte dos ingleses.
A medicina medieval por ser ainda muito primitiva não
encontrou um remédio realmente eficaz, um dos métodos utilizados foi o uso das
sanguessugas, pensava-se que elas iriam reestabelecer o fluxo sanguíneo do
paciente, mas esse método de nada adiantou e as vítimas continuaram a aumentar.
O único método que foi realmente eficaz foi o isolamento
social, o campo se tornou o abrigo de muitos europeus e a Europa teve mais uma ruralização,
como não tinha mais a quem matar a doença diminuiu exponencialmente, e aos
poucos a vida voltou a normalidade.
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Hoje estamos passando por momentos difíceis, e embora nossa
medicina ande a passos largos a procura de uma cura ou remédio realmente eficaz
contra a covid-19, temos que nos refugiar contra esse mal que afeta
principalmente os mais velhos, o isolamento social se faz necessário mais uma
vez, ao cumpri-lo estaremos salvando a nossa vida e a dos outros, e ao sair usar
sempre máscara e evitar aglomerações, e só reforçando se poder fique em casa.